sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Gemini - Como não se tornar ela?



                                                          Capítulo 1


POV Kristen
~ Flashback on ~
  - Pai por que eu não posso ir pra escola? - eu perguntava angustiada olhando pela janela da sala, as crianças correndo, se divertindo, e eu com 12 anos não podia nem sair na rua. Pra falar a verdade nunca havia saído.
- Kristen, não discuta comigo - ele dizia a mesma coisa toda vez que eu perguntava - Você não vai sair, lá fora é muito perigoso e você nunca havia reclamado, antes de eu deixar você assistir aquela televisão.
- Pai, não foi culpa da televisão, é que desde que essa escola abriu aqui na frente eu sempre vejo essas crianças aí na frente - eu respondi - E até antes mesmo eu via as crianças brincando na neve no inverno eu nunca saio.
- Eu sabia que isso um dia iria acontecer - ele sussurrou, com a inteção de não me fazer ouvir - Kristen, se você voltar a esse assunto eu vou ser obrigado a te colocar de castigo no porão durante duas semanas.
- Ok, pai - eu respodi indo em direção ao corredor - Com licença. - E sai
~Flashback off ~
Lembrar dessas coisas sempre me deu arrepios, meu pai, aquele idiota nojento. Até hoje aquele idiota não deixou eu sair, mas isso iria mudar. Eu não aguentava mais, eu tinha que sair dessa casa, dezoito anos da minha vida jogados fora. Antes eu entendia que essa coisa de me deixar completamente presa, era pro meu próprio bem. Mas quando completei quatorze e meu corpo começou a mudar, ela me mantinha presa pra outra coisa. A primeira vez que fui molestada pelo meu pai, eu tinha quinze anos. Só de lembrar daquilo me enojava, me dava raiva, ódio. Como ele pôde fazer aquilo tudo comigo? Eu não sabia, e não estava nem um pouco curiosa em saber. Mas essas noites horrorosas tinham um lado bom, eu descobria onde se encontravam todas as chaves da casa, onde cada porta dava. 
E hoje eu iria colocar isso em prática, desde a prmeira vez que ele passou a mão em mim, eu havia, mudado meu comportamento, meus gostos, minhas roupas,eu havia mudado comletamente. Hoje era o grande dia. Hoje é quinta o dia em que ele, vai ver o grande jogo no estádio. Como todo dia desses jogos ele chega pela manhã, eu aprovearia pra fugir, eu não sei me orientar pela cidade, mas todo vez que ele chegava ele vinha pelo oeste, e era eu só fugir pelo lado leste que ele nunca mais me veria na vida.
- Kristen, já estou indo - ele gritou na minha porta eu congelei - Você me escutou? - ele insistiu.
- Já, me deixa em paz - eu gritei, pressionando a porta, pro caso dele tentar entrar.
 Ele não respondeu, logo depois ouvi os barulhos dos passos indo embora pelo corredor. Graças a Deus, agora sim começa a diversão. Sai correnso pelo quarto, com um enorme sorriso no rosto, olhei pela janela e vi o carro de meu pai, começar a sair da garagem e logo em seguida indo pelo lado oeste como eu sabia, mas também sabia que ele dava duas voltas no nosso quarteirão antes de sair. Esperei, logo ele apareceu novamente. Esperei mais um pouco e ele apareceu, pela segunda e última vez. 
Corri e me ajoelhei na frente da cama, peguei uma mala com as coisas mais necessárias pra uma ida até uma delegacia, ou até arranjar alguém pra me ajudar. Cooquei a mala atravessa no meu corpo, peguei as chaves que tinha guardado emcima do armário coloquei dentro do sutiã. Fui em direção a janela novamente e não tinha niguém na rua, a escola que ficava em frente a minha casa, estava totalmente com as luzes apagadas. Um decepção, por que depois eu vou fazer questão de ir lá, pra olhar como que era a escola por dentro.
Fui em direção a porta e comecei a abri-la devagar, o corredor estava mal iluminado. Devagar sai do quarto, sem olha pra trás, fechei a porta atrás de mim. Dei uma olhada pelo final do corredor e me dirigi ao seu começo, com passos leves, cheguei a escada. Desci bem devagar, sem deixar que a poeira que havia no chão, deixasse marcas das minhas botas 18 centímetros. Quando digo que mudei meus gostos, é por que mudei. Desci as escadas pelo corrimão, iqual naqueles filme, meu pai nunca deixava eu fazer quilo, dizia que era perigoso, mas eu sempre fazia quando ele saia de casa. Nunca o respeitei como filha. 
Chegando na sala de estar eu fui bem devagar em direção a cozinha. Eu não daria um de idiota a ponto de sair pela porta da frente. Chegando na cozinha, fui até a porta. Peguei a chave no meu sutiã. Coloquei na fechadura e rodei, bem devagar. O barulho de um carro parando em frente de casa deu pra ouvir da cozinha. Abria a porta, fechei lentamente e fui correndo pela rua de trás. Antes de eu virar a esquina, me virei e vi a luz do meu quarto e um grunhido de raiva eu não sabia para onde estava indo, mas eu só corria. Até em esbarrar em alguém, no que resultou em ter caido em cima da pessoa.
- Me... Me desculpa - eu disse me levantando e estendendo a mão, pro menino que me olhava com cara de espanto. Ele tinha os cabelos cacheados e olhos incrivelmente verdes.
- Calma, ta tudo bem, Perrie - ele pegou me mão, mas logo soltei. Perrie?
- Você me chamou de que? - eu disse na defensiva
Continua...

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